Meu Carro Elétrico

Matéria sobre o Gol Elétrico no Jornal Correio Braziliense

Atualizado por Elifas Gurgel no dia 03/08 às 03:34 PM

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Foto: Gustavo Moreno

Segue abaixo o texto escrito pela jornalista Marianna Rios acerca do Gol Elétrico.

Para ter um veículo com emissão zero de gás carbônico, com ruído
baixo e econômico, o militar da reserva e engenheiro de computação
Elifas Gurgel, 58 anos, converteu, há quatro anos, um Gol 1.0.
A transformação do primeiro carro de passeio elétrico de Brasília
custou R$ 60 mil—R$ 33 mil só pela compra das 40 baterias de íon-lítio
que o abastecem. O investimento no projeto começou a partir da
viagem do engenheiro a Carolina do Sul, nos Estados Unidos, para
participar de um seminário sobre como fazer automóveis movidos a
energia a partir de modelos a combustão. Ele voltou e, em quatro
meses, o Gol estava pronto. “Fiz cada solda. A escolha pelo elétrico foi
por uma questão ecológica, pois os veículos são a segunda causa de
poluição no mundo”, justifica. O carro passou por várias alterações.
No lugar do tanque, uma tomada industrial carrega o motor na garagem
do prédio de Elifas. O porta-malas perdeu um quinto de espaço e o
estepe para dar lugar a 30 células de energia, carregadores e sistema
de gerenciamento — que monitora e evita comprometer a vida útil do
equipamento. O interior não mudou muito; recebeu um voltímetro (para
medir a tensão das baterias) e um amperímetro (para calcular a
corrente instantânea que move o carro). Sob o capô, mais 10 células de
energia, o motor elétrico, o controlador de energia, a bomba de vácuo
para o freio e o sensor inercial completam as novidades. Na hora de
dirigir, quase não se usa o câmbio e a embreagem. Ao encarar o desafio
de transformar o automóvel em elétrico, o engenheiro passou a
economizar 80% em combustível—ele gasta R$ 7,50 por recarga, o que
garante 150 km de autonomia com velocidade máxima de 130km/h.
Com 50 mil quilômetros rodados, o carro teve 400 abastecimentos, com
gasto total de 8.800 kW. Elifas poupou também cerca de R$ 3 mil em
despesas com manutenção, se comparado a umconvencional. Até hoje,
o veículo foi à oficina para trocar as pastilhas e o disco de freio. O
conforto de andar sem gerar ruído nem emitir poluentes é outro ponto
positivo. Entretanto, o protótipo está sujeito aos problemas de cobaia da
nova tecnologia e, por isso, o dono terá de esperar pelo menos 9 anos
para recuperar o investimento e, quando isso acontecer, terá de
desembolsar R$ 33 mil novamente para substituir as baterias — que
possuem vida útil de uma década. Além disso, para seguir a legislação
para carros convertidos, ele precisou fundar uma empresa especializada
nesse tipo de serviço.

Outras informações e vídeos no link:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/ser-sustentavel/2013/08/01/interna-ser-sustentavel,380121/arte-interativa-mostra-detalhes-do-primeiro-carro-de-passeio-eletrico-do-df.shtml

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